Diferenças na pronúncia
Diferenças na pronúncia das vogais
Uma das principais diferenças entre o inglês americano e britânico está na pronúncia das vogais. Enquanto o inglês americano tende a ter uma pronúncia mais relaxada e aberta, o inglês britânico tende a ter uma pronúncia mais fechada e precisa. Essas diferenças podem ser notadas em palavras como “dance” (dançar), onde o inglês americano pronuncia o som “æ” como em “cat” (gato), enquanto o inglês britânico pronuncia o som “a” como em “father” (pai).
No inglês americano, existem algumas vogais que são pronunciadas de forma diferente em comparação ao inglês britânico. Por exemplo, a vogal “a” pode ser pronunciada como “æ” ou “ɑ” no inglês americano, enquanto no inglês britânico é mais comum pronunciá-la como “ɑ:”. Já a vogal “o” pode ser pronunciada como “ɑ” ou “ɔ” no inglês americano, enquanto no inglês britânico é mais comum pronunciá-la como “ɒ”. Essas pequenas diferenças na pronúncia das vogais podem levar a uma variação significativa na forma como as palavras são faladas em cada um dos sotaques.
Diferenças na pronúncia das consoantes
Além das diferenças nas vogais, também existem diferenças na pronúncia das consoantes entre o inglês americano e britânico. Uma das diferenças mais marcantes está na pronúncia do “r”. No inglês americano, o “r” é pronunciado de forma mais forte e vibrante, enquanto no inglês britânico, muitas vezes é pronunciado de forma mais suave ou até mesmo omitido, principalmente no final das palavras.
Outra diferença notável está na pronúncia do “t”. No inglês americano, o “t” tende a ser pronunciado de forma mais forte e clara, enquanto no inglês britânico, muitas vezes é pronunciado de forma mais suave ou até mesmo como um “d” em certos contextos. Por exemplo, a palavra “water” (água) é pronunciada como “wɑ:ɾər” no inglês americano e como “wɔ:tə” no inglês britânico.
2. Diferenças no vocabulário
No inglês americano e britânico, existem várias palavras que são diferentes em termos de vocabulário. Essas diferenças podem causar certa confusão, especialmente para aqueles que estão aprendendo o idioma. Vamos explorar duas categorias principais de diferenças no vocabulário: palavras diferentes e palavras com significados diferentes.
2.1. Palavras diferentes
Uma das diferenças mais evidentes entre o inglês americano e britânico está nas palavras que são usadas para se referir a coisas do dia a dia. Por exemplo, no inglês americano, a palavra para “elevador” é “elevator”, enquanto no inglês britânico, é “lift”. Da mesma forma, a palavra para “carro” é “car” no inglês americano e “car” no inglês britânico.
Existem também diferenças nas palavras usadas para se referir a alimentos. Por exemplo, a palavra para “batata frita” no inglês americano é “French fries”, enquanto no inglês britânico é “chips”. Da mesma forma, a palavra para “berinjela” no inglês americano é “eggplant”, enquanto no inglês britânico é “aubergine”. Essas diferenças podem ser confusas para quem está acostumado com apenas uma das variantes.
2.2. Palavras com significados diferentes
Além das palavras diferentes, existem também palavras que têm significados diferentes nas duas variantes do inglês. Por exemplo, a palavra “pants” no inglês americano se refere a calças, enquanto no inglês britânico se refere a roupa íntima. Da mesma forma, a palavra “biscuit” no inglês americano se refere a um tipo de pão doce, enquanto no inglês britânico se refere a um tipo de biscoito.
Outro exemplo é a palavra “apartment” no inglês americano, que se refere a um apartamento, enquanto no inglês britânico, a palavra equivalente é “flat”. Essas diferenças podem causar mal-entendidos e confusões, especialmente em situações informais ou ao lidar com falantes nativos de uma das variantes.
É importante destacar que essas diferenças no vocabulário não tornam uma variante melhor ou pior que a outra. Elas simplesmente refletem a evolução do idioma em diferentes regiões e culturas. Ao aprender inglês, é útil estar ciente dessas diferenças para evitar mal-entendidos e se adaptar melhor ao contexto em que se está utilizando o idioma.
Diferenças na gramática
3.1 Uso do present perfect
O uso do present perfect é uma das principais diferenças entre o inglês americano e britânico. Enquanto ambos utilizam esse tempo verbal, existem algumas nuances nos contextos em que ele é empregado.
No inglês americano, o present perfect é utilizado para se referir a ações que ocorreram em um passado recente e que têm relação com o presente. Por exemplo:
I have just finished my homework.
I have already seen that movie.
Já no inglês britânico, é comum utilizar o past simple em vez do present perfect em algumas situações. Por exemplo:
I just finished my homework.
I already saw that movie.
Essas diferenças podem causar um pouco de confusão para os estudantes de inglês, mas é importante estar ciente delas para evitar erros na comunicação.
3.2 Uso do futuro
Outra diferença gramatical entre o inglês americano e britânico está no uso do futuro. Enquanto ambos utilizam o will para expressar ações futuras, existem algumas variações no uso desse tempo verbal.
No inglês americano, é comum utilizar o going to para se referir a planos ou intenções futuras. Por exemplo:
I’m going to visit my family next weekend.
She’s going to start a new job next month.
Já no inglês britânico, é mais comum utilizar o will para expressar essas mesmas ideias. Por exemplo:
I will visit my family next weekend.
She will start a new job next month.
Além disso, no inglês britânico, é mais comum utilizar o shall para fazer sugestões ou oferecer ajuda no futuro. Por exemplo:
Shall I help you with your bags?
What shall we do this weekend?
Essas diferenças no uso do futuro podem parecer sutis, mas podem impactar a compreensão e a comunicação entre falantes dos dois sotaques.
Professor de Língua Inglesa há 30 anos, residiu em Londres, onde teve a oportunidade de participar de diversos cursos em diversas instituições de ensino. Cursou diversos módulos como pós graduação no curso de mestrado de Linguística Aplicada e Estudo da Linguagem (LAEL) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Trabalhou no Consulado dos Estados Unidos da América, em São Paulo, e atualmente é Professor Coordenador concursado da área de Linguagens Códigos e suas Tecnologias da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.